A
polícia Civil de Rede deflagrou na manhã do último sábado (25) no município de
Redenção, sul do Pará, a Operação Sol Nascente, que teve como principal
objetivo prender elementos acusados de praticar fraude em instituições
financeiras. Após seis meses de investigação realizada pela Superintendência de
Polícia Civil do Araguaia Paraense, a polícia prendeu seis homens acusados de estarem
praticando o golpe do ‘Finan’’.
Prisão: Foram
presos os indivíduos, Elias Rodrigues Gonçalves, Walter Ernandes Pereira da
Costa, Walter Basso Pereira da Costa, Valter Rodrigues da Costa Júnior,
Wheliton Rita da Silva, Rosivan Borges de Castro e Edjúnior Ferreira da Silva,
a prisão dos seis acusados ocorreu em cumprimento do mandado de prisão
temporária expedido pela Justiça de Redenção. A prisão dos acusados acorreu de
forma simultânea nas residências e empresas onde alguns deles trabalham.
Apreensão:
Além dos acusados a polícia apreendeu vários documentos, arquivos eletrônicos,
agendas, cadernos de anotações, livros de pontos e veículos, que podiam ter
relação com o crime.
Esquema:
Segundo a polícia os acusados estavam envolvidos no esquema criminoso e atuavam
na negociação de compra e venda de veículos automotores e no financiamento dos
mesmos. Por ocasião das confecções das propostas junto às instituições
financeiras, eram juntados vários documentos públicos e particulares com dados
falsos, em que muitos ainda continham firma, claramente falsa, reconhecida em
cartório. A fraude ainda envolvia a utilização de documentos pessoais de vários
indivíduos sem a anuência desses, como também, em vários casos, quando se utilizavam
de "compra de nome" dos supostos financiados, os quais "vendiam"
seus documentos pela quantia média de R$2.000,00, donde surgia o indivíduo
conhecido por "laranja". Após a aprovação dos cadastros e liberação
dos créditos, os veículos sequer mudavam de propriedade. Após o inadimplemento
de algumas parcelas, a instituição financeira ao tentar localizar os
financiados não obtinha êxito, tendo em vista que toda documentação referente à
comprovação de endereços era falsa.
Espoca:
Os veículos, por seu turno, eram revendidos a pessoas que os compravam, mesmo
com o gravame e em nome de terceiros. Surgindo dessa feita o que comumente se
conhece por "carro finan" ou ainda "carro espoca", ou seja,
veículos que passam a ser negociados por valor excessivamente abaixo do
mercado, pois é produto de fraude e, na mesma senda, com a possibilidade de ser
alvo de ações de Busca e Apreensão Veicular.
O termo "carro espoca" está ligado ao fato de que a pessoa que
adquire esse tipo de veículo com tal vício o faz porque o objeto tem o preço
bem abaixo de valor de mercado e, quando o compra, sabe que pode perdê-lo a qualquer
tempo. Por isso, referida aquisição se dá apenas para usar o veículo até o
mesmo ser apreendido ou se deteriorar, ou como se diz popularmente
"espocar", o que significa explodir. Integrantes: A operação foi coordenada pelo delegado Carlos Eduardo
Vieira, pelo Chefe de Operações policiais Werbeson Pereira, escrivã Milene
Andreza. Policiais DEPOL de Redenção da DEAM e DECA, além dos delegados Marcus
Vinicius Camargo, Marcelo Delgado e delegada Viviane Flores. Após serem ouvidos
pelo delegado Carlos Eduardo Vieira, os acusados foram encaminhados para o
presidio de Redenção onde estão a disposição da Justiça.
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