sexta-feira, 3 de maio de 2013

Ministério Público quer a retirada de camelôs do centro de Redenção


O Ministério Público Estadual, através da Promotora de Justiça de Redenção, Rosângela Estumano Gonçalves Hartmann, encaminhou uma recomendação à Prefeitura de Redenção, determinando que o prefeito Vanderlei Coimbra retire os camelôs da Avenida Independência em frente à agência do Bradesco e também na área de passeio da Avenida Araguaia.

No documento, a promotora cita que muitos camelôs estão vendendo DVD’s com conteúdo pornográfico para crianças e adolescentes a céu aberto praticando irregularidade.

De acordo com promotora, a presença dos camelôs em cima do passeio público viola os preceitos do Código de Postura do Município, que objetiva zelar pela manutenção da cidade e garantir a circulação livre das pessoas sobres calçadas e meio fio.

No documento, Hartamann, cita ainda que é vedada a presença do comércio de ambulantes e camelôs em frente à entrada de edifícios e repartições públicas e de estabelecimento.

Alguns ambulantes acreditam que o fato das barracas estarem instaladas em frente ao prédio da Promotoria de Justiça, tenha motivado a ação do MP.
 
Para a reportagem os 16 ambulantes disseram que nenhum deles está mais trabalhando com CD’s ou DVD’s piratas. Edimilson Gomes, que há mais de 20 anos está instalado no local, disse que a decisão só tem a prejudicá-los, pois em Redenção não existe um local adequado para expor o produto. “Primeiro o prefeito tem que encontrar um local que tenha movimento de pessoas para adquirir nosso produto. Não pode nos levar para longe do centro comercial, pois isso seria um suicídio para todos nós”, disse o vendedor.







Para Luiz Alves existem muitas coisas que devem ser arrumadas em Redenção, antes de mexer com os camelôs que de forma honesta trabalham para adquirir o sustento de seus familiares. “Cada um de nós que aqui trabalha, é responsável pela alimentação e sobrevivência de no mínimo 5 pessoas, são mais de 80 pessoas que dependem das vendas diárias. Por que mexer conosco agora se ainda não tem um lugar adequado” desabafa.

A vendedora Sônia Lilia da Rocha, que há mais de 12 anos trabalha no local, há anos que eles enfrentam a ameaça de remoção e o poder público nunca construiu um local adequado próximo ao centro comercial para abrigar todos os ambulantes.

Ela também comunga da ideia de que existem outras ações que são prioridades na cidade que não seja a remoção dos camelôs do local de onde eles tiram o sustento das famílias. “Há outras coisas importantes e urgentes que o Ministério Público deveria se preocupar em Redenção, e não com quem está trabalhando de forma honesta”, disse a vendedora.

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