O Ministério Público Estadual, através da Promotora de
Justiça de Redenção, Rosângela Estumano Gonçalves Hartmann, encaminhou uma
recomendação à Prefeitura de Redenção, determinando que o prefeito Vanderlei
Coimbra retire os camelôs da Avenida Independência em frente à agência do
Bradesco e também na área de passeio da Avenida Araguaia.
No documento, a promotora cita que muitos camelôs estão
vendendo DVD’s com conteúdo pornográfico para crianças e adolescentes a céu
aberto praticando irregularidade.
De acordo com promotora, a presença dos camelôs em cima do
passeio público viola os preceitos do Código de Postura do Município, que
objetiva zelar pela manutenção da cidade e garantir a circulação livre das
pessoas sobres calçadas e meio fio.
No documento, Hartamann, cita ainda que é vedada a presença
do comércio de ambulantes e camelôs em frente à entrada de edifícios e
repartições públicas e de estabelecimento.
Alguns ambulantes acreditam que o fato das barracas estarem
instaladas em frente ao prédio da Promotoria de Justiça, tenha motivado a ação
do MP.
Para a reportagem os 16 ambulantes disseram que nenhum deles
está mais trabalhando com CD’s ou DVD’s piratas. Edimilson Gomes, que há mais
de 20 anos está instalado no local, disse que a decisão só tem a prejudicá-los,
pois em Redenção não existe um local adequado para expor o produto. “Primeiro o
prefeito tem que encontrar um local que tenha movimento de pessoas para adquirir
nosso produto. Não pode nos levar para longe do centro comercial, pois isso
seria um suicídio para todos nós”, disse o vendedor.
Para Luiz Alves existem muitas coisas que devem ser
arrumadas em Redenção, antes de mexer com os camelôs que de forma honesta
trabalham para adquirir o sustento de seus familiares. “Cada um de nós que aqui
trabalha, é responsável pela alimentação e sobrevivência de no mínimo 5
pessoas, são mais de 80 pessoas que dependem das vendas diárias. Por que mexer
conosco agora se ainda não tem um lugar adequado” desabafa.
A vendedora Sônia Lilia da Rocha, que há mais de 12 anos
trabalha no local, há anos que eles enfrentam a ameaça de remoção e o poder
público nunca construiu um local adequado próximo ao centro comercial para
abrigar todos os ambulantes.
Ela também comunga da ideia de que existem outras ações que
são prioridades na cidade que não seja a remoção dos camelôs do local de onde
eles tiram o sustento das famílias. “Há outras coisas importantes e urgentes
que o Ministério Público deveria se preocupar em Redenção, e não com quem está
trabalhando de forma honesta”, disse a vendedora.
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