O estado do Pará, envolvendo 132 municípios, exceto o arquipélago do Marajó e os municípios de Faro e Terra Santa, iniciou a primeira etapa de vacinação de 2013 contra a febre aftosa de bovinos e bubalinos, no período 1 de maio até dia 31 do mesmo mês.
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) prevê gastar R$ 243.588,00 com vacinação assistida em 2.383 propriedades rurais, consideradas com maior risco quanto ao aparecimento do foco da doença. Nestes casos, o servidor da Adepará faz o acompanhamento do processo do início ao fim garantindo a certeza da vacinação. Aproximadamente 528 servidores estão participando campanha.
Participará desta etapa, um total de 105.363 propriedades rurais. De acordo com o gerente do Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (Pnefa) da Adepará, Elton Toda, o próprio produtor rural compra a vacina e faz a aplicação. Ele disse que a vacina da aftosa não oferece risco a saúde pública. “É uma vacina atenuada”, alertou o gerente.
Segundo as informações de Elton Toda, o produtor rural tem que está cadastrado na Adepará e comprar a vacina em revendedora credenciada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Deve sempre verificar se as vacinas estão em temperatura correta, entre 2ºC e 8ºC; utilizar uma caixa térmica com gelo e lacre; manter a vacina no gelo até o momento da aplicação e usar agulhas novas, adequadas e limpas. O lugar correto da aplicação é na tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele, com a dosagem certa em todos os animais.
O proprietário que não participar da campanha é autuado pela não vacinação dentro do prazo. A notificação legal deve ser feita após 15 dias encerrada a etapa de vacinação. O produtor deve comparecer no escritório da Adepará levando a declaração de vacinação junto com a nota fiscal de compra das vacinas. Caso contrário, a Adepará realizará a busca aos inadimplentes, como consequência, mais gastos gerados em torno de uma nova etapa. “Como estamos há mais de 10 anos sem foco de aftosa, tem produtor que acha desnecessário a ação”, observou o gerente do Pnefa.
A vacinação é obrigatória em todo país, exceto Santa Catarina que é livre de febre aftosa sem vacinação. No Pará, 44 municípios localizados nas regiões centro-sul, sudeste, sudoeste e sul, é zona livre de febre aftosa com vacinação desde 2007.
A expectativa do Ministério da Agricultura é que 166 milhões de cabeças sejam vacinadas nesta primeira etapa. De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques, o sucesso da campanha depende também da participação ativa dos produtores. “Estamos próximos de reconhecer o Brasil como livre de aftosa com vacinação, mas para isso é necessário que os produtores também colaborem, vacinando corretamente o gado e mobilizando os vizinhos para a campanha”.
A febre aftosa é uma doença contagiante e se espalha rapidamente. Os animais têm febre; aftas na boca; nas tetas e entre as unhas; se isolam dos outros; babam; mancam; arrepiam o pelo; param de comer e beber.
Os países estabelecem barreiras comerciais às regiões onde ocorre aftosa, causando prejuízos econômicos e sociais.
Ascom/Adepará
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