Recentemente estive visitando a cidade de Belém, capital do imenso e ingovernável Estado do Pará, para visitar minha querida e ilustre mãe que lutava contra um câncer.
Ao descer no Terminal Rodoviário de Belém, apanhei um taxi em sentido ao distrito industrial de Icoaraci, onde vivi toda minha infância, adolescência e juventude.
Como legitimo paraense, o assunto com o taxista de prenome Antônio Apeu, não poderia ser outro, divisão do Estado do Pará, para a criação dos Estados Tapajós e Carajás.
Por alguns instantes, senti que o taxista gostaria de me ver fora do veiculo, pelo fato de um paraense dizer que é favorável a divisão do Estado do Pará.
O motorista usou de vários palavrões para se referir aos políticos que defenderam e ainda defendem a divisão do estado, e disse que todos os taxistas da grande Belém, são contra a divisão.
Depois de tanto ouvir o homem contestar o projeto e, chamar de forasteiros e separatistas, os que moram as duas regiões, em particular os que residem na região do Carajás, perguntei se o taxista conhecia a região do sul do Pará, se ele sabia do péssimo estado das estradas e rodovias, se ele tinha conhecimento das pontes assassinas, da falta de estrutura dos Hospitais públicos, do péssimo estado das escolas estaduais da região, onde algumas correm o risco de cair na cabeça dos alunos.
Ainda a área da educação, indaguei se aquele taxista sabia que milhares de jovens da região saem do ensino fundamental e não podem cursar o ensino médio por falta de escolas do ensino médio que é responsabilidade da Secretaria Estadual de Educação.
O motorista também disse que não sabia, que não existem Universidades a região que possa permitir o acesso dos jovens da região do Carajás a um curso superior. Depois de ouvir todos os meus questionamentos, aquele insensato e insensível motorista, culpou os políticos que há dezenas de anos governam o Estado do Pará, pelas mazelas que assolam a nossa região. Depois de pesar um pouco nas palavras por mim proferidas, não como uma defesa do Estado de Carajás, mas mostrando a realidade nua e crua, de uma população que vive em uma região rica e prospera formada de gente trabalhadora, que mesmo vindo de diversas regiões desta pátria chamada Brasil, ajudaram a transformar esta região em uma das mais desenvolvidas do Estado Pará. Diante todos esses argumentos, ao motorista não restou outra alternativa , a não ser dizer , realmente vocês têm razão em querer realmente criar o estado de vocês, podem contar com o meu voto!. É por esse motivo que eu Raimundo Nonato Corrêa Santos, cidadão paraense de nascimento, popularmente conhecido por Dinho Santos, vou votar SIM 77, no próximo domingo, para poder sonhar com uma vida melhor para meus filhos e as futuras gerações desta região.
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