O Hospital Regional de Marabá, é destaque Nacional em Projeto do Ministério da Saúde, ao reduzir seus números de infecções e economizar R$ 5,5 milhões aos cofres públicos.
Entre 2018 e
2020, dois hospitais públicos do Pará conseguiram reduzir os níveis de infecção
em Unidades de Terapia Intensiva e, com isso, além de garantir a plena
recuperação dos pacientes, também evitaram o gasto estimado de R$ 7 milhões,
que seriam utilizados para tratar potenciais consequências de uma infecção
hospitalar.
A iniciativa beneficiou 119 UTIs de hospitais
localizados em todas as regiões do país, com a promoção de ações de prevenção a
infecções relacionadas à ventilação mecânica, ao uso de cateter, sondas
vesicais e intensificação da higienização das mãos.
Em Santarém, o Hospital Regional do Baixo Amazonas conseguiu reduzir os casos de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e do trato urinário associadas à sonda vesical de demora (ITU/SVD), no período em que o projeto foi aplicado.
Ele observou
que o trabalho realizado no Regional em Santarém "faz acreditar que é
possível evitar infecções, garantindo um atendimento de qualidade e de segurança
a todos os pacientes".
Incrustado na floresta, o Hospital Regional do Baixo Amazonas é um oásis de saúde de excelência para o povo de Santarém e região, um conglomerado que cobre mais de 1,3 milhão de habitantes.
Lá, os doentes podem realizar desde procedimentos de altíssima complexidade, como os transplantes, a tratamentos de rotina. Não à toa, o Regional de Santarém tem a mais alta classificação de qualidade aferida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), uma instituição sem fins-lucrativos que avalia os serviços hospitalares a partir de padrões internacionais de excelência.
Ali, profissionais que atuam na unidade se mobilizaram e conseguiram alcançar um resultado surpreendente: ao evitar mais de 150 infecções na UTI, o hospital deixou de gastar nos três anos do projeto "Saúde em Nossas Mãos", algo em torno de R$ 5,5 milhões. "Foram implementadas novas formas de atuação assistencial, onde foram aplicadas a metodologia da ciência da melhoria, voltadas para a higienização das mãos, que garantiram maior segurança aos nossos pacientes, evitando possíveis complicações durante a internação", ressaltou o diretor Hospitalar Valdemir Girato.
De acordo com
o relatório do Ministério da Saúde, os resultados alcançados pelo Hospital
Regional do Baixo Amazonas e pelo Hospital Regional do Sudoeste do Pará estão
entre os mais efetivos quando comparados com o desempenho de outras unidades
contempladas.
Em comum, os hospitais regionais de Santarém e Marabá pertencem ao Governo do Pará e são administrados pela entidade filantrópica Pró-Saúde. De acordo com Rogério Kuntz, diretor Operacional da instituição, os resultados também refletem o êxito de um modelo de gestão. "Quando o foco é o bem-estar do paciente, todo o hospital se mobiliza para a adoção de práticas que evitam que pessoas fiquem doentes. Assim, é necessário menos recursos para a reabilitação da saúde. Esse modelo de gestão é também resultado de uma cultura que vem sendo construída ao longo de anos", observou.
O projeto
O projeto "Saúde em Nossas Mãos — Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil" foi aplicado pelo Ministério da Saúde por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS).
A iniciativa contou com a parceria de hospitais excelência que emprestaram sua expertise para a implementação das diretrizes das ações nas unidades beneficiadas. O Regional em Santarém, por exemplo, foi acompanhado pelo Hospital Israelita Albert Einstein que, junto com o Hospital Moinhos de Vento, também acompanho o Regional em Marabá.
A redução das taxas de infecção compreende um período anterior à pandemia da Covid-19, cujos resultados de impacto econômico foram divulgados em maio, no relatório "Palma da Mão".
Nenhum comentário:
Postar um comentário