Além do ato de injuria racial o candidato ainda foi ameaçado de morte pela mulher que deve ser chamada para depor na Delegacia de Polícia Civil de Jacundá.
A Polícia Civil do município de Jacundá, a 100 km de Marabá,
registrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) para investigar a ameaça
de morte contra Itonir Tavares, candidato a prefeito no município. O caso
aconteceu no dia 29 de outubro, durante uma reunião política. Na segunda-feira,
9, o áudio de uma mulher difundido na rede social WhatsApp chama o mesmo
candidato de “macaco”.
No áudio que começou a circular
na noite de segunda-feira, 9, e compartilhado por uma integrante do grupo
“Unidos por uma Jacundá amada”, uma mulher demonstra irritação sobre bandeiras
fixadas ao longo da Avenida Cristo Rei pela campanha do candidato Itonir
Tavares, da coligação Unidos pelo bem de Jacundá.
“Gente, bota plaquinha aqui,
essas bandeiras do 19 que o 22 tá todinha aqui, tá tomado na Avenida e por que
vocês não vieram colocar também, gente? Vamos enfiar bandeira aqui também do
19. Bota pra trabalhar se não esse “macaco velho” vai passar na frente, esse
nojento”. Outro integrante escreveu: “o desespero é tão grande que a pessoa
chama o outro até de macaco”.
Segundo um advogado ouvido pela
Reportagem, a mulher cometeu um crime de injúria racial. Caso seja
identificada, ela poderá responder perante a Justiça. A coligação do candidato
ofendido não se manifestou sobre o caso. E até o momento, a coordenação da
campanha da qual a mulher supostamente faz parte também não se pronunciou
repudiando o ato. A Reportagem apurou que a essa mulher não estaria ligada ao
partido, nem à campanha eleitoral.
Sobre a ameaça de morte sofrida pelo candidato Itonir Tavares, a
redação do Correio teve acesso ao Boletim de Ocorrência, onde ele relata que
passou pela multidão durante o evento político realizado na Rua Santa Rosa,
Bairro Bela Vista, no dia 29 de outubro. Enquanto falava com os eleitores, um
homem que trajava camisa amarela e um boné o puxou pelo braço e disse: “vocês
parem de fazer comícios se não vão matar vocês”. O caso é investigado pela
Delegacia de Polícia Civil de Jacundá. (Antonio Barroso). Correio de Carajás
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