A Polícia Federal
de Santarém, no oeste paraense, deflagrou na manhã desta quinta-feira (06), a
Operação “Bezerro de Ouro”, com o objetivo desarticular um grupo criminoso que
atua na extração ilícita de ouro no interior da Terra Indígena Munduruku.
Na operação
foram utilizados mais de 30 agentes federais, entre Agentes, Escrivães,
Delegados e Peritos, lotados nas delegacias de Santarém, Altamira e da sede
Superintendência do Pará, localizada na capital do Estado. Foram cumpridos 6 mandados de busca e apreensão e
sequestro de bens, no município de Novo Progresso e no distrito de Morais Almeida,
localizado no município de Itaituba.
As
investigações apontam que o grupo criminoso, que é formado por um núcleo de
membros de uma mesma família, é conhecido na região pela exploração irregular
de minério de outro, e que atua no interior da Terra Indígena Munduruku de
maneira consorciada com alguns Indígenas pró-garimpo.
Além do
combate à extração mineral ilegal, ao desarticular a atuação desse grupo, visa
conter ou diminuir a invasão na Terra Indígena Munduruku, que em tempos de
pandemia aumenta a exposição de tal população ao risco de contaminação pelo
novo Coronavírus.
As pessoas
envolvidas no grupo devem responder por Associação Criminosa, por exploração
sem autorização de matéria-prima pertencente a União, crime contra o meio
ambiente e outros crimes que venham a ser descobertos ao longo da investigação.
A Justiça Federal determinou, ainda, o sequestro de bens de tais pessoas no
valor de quase 8 milhões de reais, como reparação pelos danos causados pelos
acusados ao meio ambiente. A expressão "BEZERRO DE OURO", que deu
nome à operação, é encontrada em algumas passagens bíblicas e, na linguagem
contemporânea, é usada como sinônimo da adoração de um falso ídolo, uma
referência a idolatria ao dinheiro, ou ouro, por exemplo. Assessoria de
Comunicação da Polícia Federal
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