domingo, 17 de maio de 2020

Trabalho de prevenção e isolamento social feito com índios Kaipós, resulta em zero caso de corona vírus entre indígenas no sul do Pará


O Distrito Sanitário Especial Indígena Kaiapó do Pará em Redenção atua firme no combate ao Corona Vírus nas Aldeias.

A Dsei Kaiapó, vem mantendo um rigoroso trabalho de assistência aos indígenas diante da pandemia da Covid-19, nas aldeias dos Municípios no sul do Pará. 

Desde o início da pandemia da Covid-19, o Distrito Sanitário Especial Indígena Kaiapó do Pará tem atuado de maneira firme no combate ao Coronavírus.
Todas as famílias indígenas atendidas pelo DSEI Kaiapó do Pará têm recebido atendimento básico de saúde dentro das aldeias, sem necessidade de recorrer aos serviços de saúde dos municípios.

Os profissionais do DSEI seguem todas as orientações do Plano Nacional, desenvolvido pela Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. Além disso, o próprio Distrito desenvolveu um Plano Distrital de controle de infecção por Covid-19 adequado às necessidades específicas das populações indígenas da região sul do Pará. Todos os indígenas foram orientados a permanecer dentro das aldeias, até mesmo aqueles que residem  na área urbana, foram orientados a permanecer em  isolamento social nas aldeias. A medida é fundamental para evitar a contaminação por COVID-19.


De acordo com o coordenador do DSEI Kaiapó do Pará em Redenção, Lázaro Marinho, o resultado tem sido muito positivo. “O número de indígenas infectados pela Covid-19, nas aldeias do sul do Pará,  é zero e o índice de indígenas contaminados no Brasil é muito pequeno. A Sesai é responsável pela atenção primária numa população de mais de 800 mil indígenas por todo o território Brasileiro” explicou Lázaro.
Entre as várias medidas adotadas pela Sesai, a antecipação do calendário de vacinação praticado pelo Dsei-Kaiapó do Pará em Redenção, com apoio da Sesai e do Ministério da Saúde, foi eficaz na prevenção e vai facilitar a análise dos possíveis casos suspeitos futuramente. Lázaro Marinho lembra que não existe vacina contra covid-19, mas a imunização contra influenza aumenta a imunidade e em caso de contaminação ajudará no diagnóstico mais preciso e precoce. “Nós antecipamos o calendário de vacinação, tão logo o coronavirus tornou-se uma pandemia no país.

 A vacina contra Influenza H1N1, está evitando que os nossos indígenas  fiquem gripados, assim as comunidades podem ficar tranquilas durante esses meses de quarentena’’, relata Marinho.  
O coordenador destaca o trabalho das lideranças indígenas, os presidentes de Conselhos indígenas e outros representantes, que realizam o trabalho de conscientização da permanência dentro das aldeias. ‘’A atuação das lideranças indígenas tem sido de fundamental importância no processo de fixação dos indígenas na aldeia, pois cada líder tem levado as orientações aos seus liderados, pedindo que eles se mantenham em isolamento social nas aldeias’’, relatou o coordenador.
O Governo Federal por meio do Ministério da Cidadania, tem se mantido presente neste momento de crise, realizando a ação de distribuição de cestas básicas em todas as aldeias da comunidade Kaipó no sul do Pará.
Mesmo sem ter nenhum caso de COVID—19,  o DSEI recebeu Equipamentos de Proteção Individual-EPI e testes rápidos, adquiridos pela Secretaria de Saúde Indígena que enviou mais de 500 mil unidades de EPI e insumos para os 34 DSEI. 


Lázaro Marinho finaliza destacando o comprometimento das equipes técnicas de saúde e demais servidores que atuam na linha de frente no trabalho de cuidar da saúde dos indígenas. “Eles tem feito toda a diferença no enfrentamento do coronavírus” elogiou Lázaro. Até a publicação desta matéria não havia o registro de casos de corona vírus entre as comunidades indígenas das aldeias no sul do Pará. D.S

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