O Distrito Sanitário Especial
Indígena Kaiapó do Pará em Redenção atua firme no combate ao Corona Vírus nas Aldeias.
A Dsei Kaiapó, vem mantendo um
rigoroso trabalho de assistência aos indígenas diante da pandemia da Covid-19,
nas aldeias dos Municípios no sul do Pará.
Desde o início da pandemia da
Covid-19, o Distrito Sanitário Especial Indígena Kaiapó do Pará tem atuado de
maneira firme no combate ao Coronavírus.
Todas as famílias indígenas atendidas
pelo DSEI Kaiapó do Pará têm recebido atendimento básico de saúde dentro das
aldeias, sem necessidade de recorrer aos serviços de saúde dos municípios.
Os profissionais do DSEI seguem todas
as orientações do Plano Nacional, desenvolvido pela Secretaria Especial de
Saúde Indígena do Ministério da Saúde. Além disso, o próprio Distrito
desenvolveu um Plano Distrital de controle de infecção por Covid-19 adequado às
necessidades específicas das populações indígenas da região sul do Pará. Todos
os indígenas foram orientados a permanecer dentro das aldeias, até mesmo aqueles
que residem na área urbana, foram
orientados a permanecer em isolamento
social nas aldeias. A medida é fundamental para evitar a contaminação por
COVID-19.
De acordo com o coordenador do DSEI
Kaiapó do Pará em Redenção, Lázaro Marinho, o resultado tem sido muito
positivo. “O número de indígenas infectados pela Covid-19, nas aldeias do sul
do Pará, é zero e o índice de indígenas
contaminados no Brasil é muito pequeno. A Sesai é responsável pela atenção
primária numa população de mais de 800 mil indígenas por todo o território
Brasileiro” explicou Lázaro.
Entre as várias medidas adotadas pela
Sesai, a antecipação do calendário de vacinação praticado pelo Dsei-Kaiapó do
Pará em Redenção, com apoio da Sesai e do Ministério da Saúde, foi eficaz na
prevenção e vai facilitar a análise dos possíveis casos suspeitos futuramente.
Lázaro Marinho lembra que não existe vacina contra covid-19, mas a imunização
contra influenza aumenta a imunidade e em caso de contaminação ajudará no
diagnóstico mais preciso e precoce. “Nós antecipamos o calendário de vacinação,
tão logo o coronavirus tornou-se uma pandemia no país.
A vacina contra Influenza H1N1, está evitando
que os nossos indígenas fiquem gripados,
assim as comunidades podem ficar tranquilas durante esses meses de quarentena’’,
relata Marinho.
O coordenador destaca o trabalho das
lideranças indígenas, os presidentes de Conselhos indígenas e outros
representantes, que realizam o trabalho de conscientização da permanência
dentro das aldeias. ‘’A atuação das lideranças indígenas tem sido de
fundamental importância no processo de fixação dos indígenas na aldeia, pois
cada líder tem levado as orientações aos seus liderados, pedindo que eles se
mantenham em isolamento social nas aldeias’’, relatou o coordenador.
O Governo Federal por meio do
Ministério da Cidadania, tem se mantido presente neste momento de crise,
realizando a ação de distribuição de cestas básicas em todas as aldeias da
comunidade Kaipó no sul do Pará.
Mesmo
sem ter nenhum caso de COVID—19, o DSEI
recebeu Equipamentos de Proteção Individual-EPI e testes rápidos, adquiridos
pela Secretaria de Saúde Indígena que enviou mais de 500 mil unidades de EPI e
insumos para os 34 DSEI.
Lázaro Marinho finaliza destacando o
comprometimento das equipes técnicas de saúde e demais servidores que atuam na
linha de frente no trabalho de cuidar da saúde dos indígenas. “Eles tem feito
toda a diferença no enfrentamento do coronavírus” elogiou Lázaro. Até a
publicação desta matéria não havia o registro de casos de corona vírus entre as
comunidades indígenas das aldeias no sul do Pará. D.S
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