Além do primo do
ex-governador, sua esposa e Guilherme Costa de Oliveira foram detidas após a
Polícia Federal cumprir quatro mandados de busca e apreensão e três de prisão
temporária.
Luciano Carvalho da
Rocha, filho de ex-controlador-geral do Estado, Luiz Antônio da Rocha, e primo
do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), foi preso na manhã desta terça-feira,
1º, em Palmas. Ele é alvo da Operação Urutau, que teve início com o
desdobramento da “Reis do Gado”, deflagrada em novembro de 2016.
Além do primo do
ex-governador, sua esposa e Guilherme Costa de Oliveira, usado como
suposto "laranja" por Luciano, foram detidas após a Polícia Federal
cumprir, com aproximadamente 15 policiais, quatro mandados de busca e apreensão
e três mandados de prisão temporária, todos expedidos pela 4ª Vara Federal da
Capital.
Nos mandados de busca e
apreensão, a PF procurou documentos, arquivos em mídia, HDs, laptops, pen
drives, smartphones, arquivos eletrônicos, de qualquer espécie, agendas
manuscritas ou eletrônicas e valores em espécie ou bens de alto valor, na sede
da empresa Construarte Construtora.
Conforme a PF, a empresa
era usada para a prática dos crimes de lavagem de capitais, peculato, corrupção
passiva e associação criminosa. O valor total dos contratos públicos ligados a
empresa pode ultrapassar R$ 50 milhões.
Consta no pedido do juiz
João Paulo Abe, que determinou as prisões, que as declarações e documentos
entregues por Alexandre Fleury Jardim apontaram que a empresa WTE
Engenharia, atualmente em funcionamento sob a máscara da pessoa
jurídica Construarte Construtora, é uma das formas utilizadas pelo grupo
Miranda para o enriquecimento ilícito e dissimulação da real propriedade de
seus bens.
Segundo Fleury informou
em depoimento, a empresa WTE Engenharia, beneficiária de diversos contratos com
o governo do Estado durante a gestão de Marcelo Miranda, era concretamente
controlada pela família do próprio governador. A empresa era então controlada
por Luciano de Carvalho, primo de Marcelo. Ainda de acordo com Alexandre,
Luciano teria atuado como interposta pessoa em favor da família Miranda em
diversos negócios de caráter fraudulento, tendo utilizado seu nome para
constituir a empresa WTE.
Também foram
entrevistadas pessoas ligadas ao mercado imobiliário, que declararam que é de
conhecimento que os Mirandas são sócios-ocultos da WTE, e que Luciano de
Carvalho teria sido indicado para ficar à frente da empresa, atuando como
interposta pessoa (laranja) da família investigada.
Para executar a operação
de sucessão de fato (espécie de drop down informal), a família Miranda teria
constituído a empresa Construarte Construtora em nome de Guilherme Costa de
Oliveira, o qual atuaria como suposto "laranja" de Luciano.
Nesse sentido, a família
Miranda tinha construído supostamente uma estrutura de
"laranjas": Luciano Carvalho da Rocha atuaria em favor do
grupo, que por sua vez havia colocado Guilherme Costa de Oliveira como seu
"testa de ferro".
Reis do Gado : A Operação Reis do Gado, deflagrada em 2016, já havia
levado para depor sete membros da família Miranda. Entre eles, Luciano Carvalho
e o seu pai. O irmão do governador, José Edmar Brito Miranda Júnior, era
visto como um dos mentores do esquema que teria desviado R$200 milhões por meio
de fraude em licitações no Governo do Estado, corrupção e lavagem de dinheiro.
O método usado, do qual deu origem ao nome da operação, era lavar dinheiro
através da compra de fazendas e gados no Pará. T1Noticias
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