Está
tramitando na Câmara de Municipal de Redenção, um Projeto de Lei encaminhado
pelo Poder Executivo para apreciação e votação dos vereadores, que tem sido
alvo de muita discussão e polêmica por parte dos parlamentares da base, e
também da bancada de oposição. No projeto, o prefeito Vanderlei Coimbra propõe
a redução de seu salário e de secretários municipais. A redução seria de 30%.
O projeto foi uma
forma encontrada pelo governo municipal para tentar sanar a crise econômica que
se instalou na Prefeitura de Redenção, onde o gestor não está conseguindo pagar
em dia os servidores municipais, fornecedores e outras obrigações financeiras.
O projeto foi
alvo de críticas da maioria dos vereadores que integram a bancada de oposição
ao governo do prefeito Vanderlei Coimbra. Para o vereador João Lúcio, o projeto
não passa de uma jogada de marketing político do prefeito, que percebeu que a
cada dia sua popularidade despenca nas pesquisas de opinião pública, aí tenta
reverter a situação, mandando um projeto sem consistência. “Eu acredito que
agora que o prefeito Vanderlei se deu conta de que sua gestão não está
agradando aqueles que acreditaram e votaram nele, aí vem com essa conversa de
crise e encaminha um projeto que não vai ajudar em nada a mudar os rumos de sua
administração e sua imagem diante da população, porque essa jogada de
marketing, não funciona”, desabafou João Lúcio.
Outro que
teceu duras críticas ao projeto do prefeito foi o vereador Lázaro Marinho (PSC).
Para o parlamentar, o projeto de Vanderlei Coimbra é demagogo e demonstra o
despreparo administrativo do gestor municipal.
“Reduzir o salário dele e dos secretários, é pura demagogia, o que deveria
era cancelar alguns contratos de aluguéis de prédios, ônibus e outros veículos
que estão alugados para a prefeitura, aí sim surtiria efeito, agora o salário dele
e secretários, é querer brincar e subestimar a inteligência dos edis”, disse. 
Segundo os
vereadores, a prefeitura paga cerca de R$ 15 mil de aluguel do prédio de três
andares onde funciona o Poder Executivo, enquanto que a reforma da antiga
prefeitura se arrasta há mais de três anos. Os edis acrescentaram que existem
também prédios que seriam para funcionamento de postos de saúde que estão
fechados, e os aluguéis sendo pagos.
Ainda de
acordo com Lázaro Marinho, o prefeito e secretários deveriam diminuir os custos
com viagens, despesas de passagens aéreas e outros gastos considerados desnecessários.
“Existem muitas formas e maneiras do prefeito economizar, sem que seja
necessário cortar o salário dele e dos secretários, isso me soa como demagogia”,
considera.
O vereador
Luciano Duarte também criticou a atitude do gestor municipal. “O projeto é uma
forma de tentar enganar a população porque tá chegando às eleições, aí vem esse
projeto para tentar enganar os vereadores e os eleitores para depois no
palanque, dizer que reduziu seu salário para ajudar Redenção a sair da crise, e
considerando como pura demagogia, eu voto contra’’, disse Duarte.
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