quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O veto contra a criação de novos municípios é uma afronta ao Congresso, diz Giovanni

 “Sou da base do governo Dilma, mas não posso concordar com um veto que impede a criação de novos municípios”. Esta foi a resposta do deputado federal Giovanni Queiroz (PDT) na entrevista exclusiva ao Nosso Jornal na última segunda-feira. O deputado disse que os argumentos de que a criação dos municípios vai onerar os cofres do estado é totalmente sem cabimento, “não acrescenta um centavo”. Garante o deputado.


Giovanni explica que os repasses é proporcional à população e que o município emancipado receberá os fundos de acordo com seus habitantes e que o município remanescente perde um pouco, mas ao mesmo tempo não terá mais responsabilidades com a área emancipada. “O ministro da fazenda deveria estar cuidando de outras coisas mais importantes para o país em vez de ficar inventando que é inviável economicamente a criação de novos municípios”. Alfinetou o deputado.
O projeto que tramita há 17 anos no Congresso Nacional e que estabelece novas regras e transfere para os estados a prerrogativa de criar novos municípios foi aprovado pela Câmara e Senado, mas foi vetado integralmente pela presidenta Dilma. De acordo com o deputado Giovanni, o congresso tem até 30 dias para votar o veto sob pena de trancar a pauta, mas como o recesso está próximo é possível que só no próximo ano o veto vá para a pauta. “Temos que fazer uma grande mobilização para pressionar os deputados a derrubarem o veto na hora da votação”. Ponderou Queiroz.

O veto está causando polêmica no Congresso. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), por exemplo, destacou que o veto significa um retrocesso. "Veto presidencial é lamentável e vamos trabalhar para derrubar”. Grande defensor da emancipação e responsável pela criação da vários municípios no sul do Pará, o deputado Giovanni disse que o veto é uma afronta ao Congresso Nacional que aprovou por maioria o projeto. Só no senado foram 53 votos favoráveis e apenas 5 contra.

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