Qualquer mulher dependente de drogas pode
ingressar na casa de recuperação, desde que obedeça as normas da ONG. A
paciente também deve ter total aprovação da família para fazer o tratamento.
Cerca de 5 pessoas voluntárias dão assistência diariamente as internas.
Através
de uma Organização Não Governamental (ONG) com apoio da Prefeitura Municipal,
foi implantada em Redenção a Casa de Recuperação Mulheres Guerreiras que tem
objetivo de tratar de mulheres dependentes de produtos químicos e álcool. Na
casa, com capacidade para abrigar 30 internas e que está em funcionamento há
mais de 40 dias no setor Vila Feliz, 12 mulheres vivem em regime de internato,
algumas delas foram resgatadas do entorno do Terminal Rodoviário, através de
uma operação feita pelos órgãos de segurança no combate ao tráfico e uso de
drogas na cidade. Cerca de 80% das internas são dependentes de crack e algumas
possuem o vírus HIV. A interna mais idosa em recuperação tem 72 anos e é
alcoólatra. A mais jovem é usuária de produtos químicos. Qualquer mulher que se
julga dependente de drogas e que queira se recuperar pode ingressar na casa. Diariamente,
5 pessoas voluntárias dão assistência ao grupo internado na casa. Para isso a
ONG deverá ter total aprovação da família para acolher a paciente. Respeitando
a ética profissional, a reportagem não irá expor nomes e imagens das mulheres
em recuperação.
Seu Osvaldo é um dos dedicados voluntários
O
grupo de mulheres passa o tempo cantando e ouvindo a leitura da Bíblia com
incentivo de membros evangélicos de Redenção. Também são exibidos filmes para
que conheçam sobre a prevenção e os distúrbios causados pela droga. “As
internas também fazem artesanato, bordados e pinturas através de uma troca de
experiências entre elas. Todas sabem fazer alguma coisa. Quem sabe ler e
escrever ensina as analfabetas. São mulheres do bem, apenas perseguidas pela
maldição do vício”, declara Alderico Henrique de Souza, diretor da ONG.
Segundo
o presidente da organização, Jailson Alves dos Santos a mulher para ser
internada passa por uma triagem feita na rede municipal de saúde e através de
receituário médico, é tratada de acordo com sua dependência. Acadêmicos do
curso de enfermagem da Fesar, de acordo com Santos, irão colaborar com o
projeto voluntário. O período de tratamento é de 9 meses. As despesas com a
manutenção da casa superam os R$ 2,5 mil por mês.
Ainda
segundo Santos, a casa de recuperação é mantida através de contribuição de empresários
e pessoas que se sensibilizam com a causa. “Vamos continuar buscando doações
para que esse projeto seja mantido”, afirma.
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