segunda-feira, 1 de julho de 2013

Presídio de Redenção: um barril de pólvora


Construído com capacidade para abrigar apenas 120 detentos o Centro de Recuperação de Redenção, localizado as margens da Rodovia BR-155, distante a cerca de 2 quilômetros de Redenção, tornou-se um barril  de pólvora devido ao número de detentos que ultrapassa a marca de 400 internos.
 Não bastante o número três vezes acima da capacidade, a Justiça de Xinguara determinou esta semana a transferência de 13 detentos que estavam presos na delegacia de Polícia Civil de Xinguara para o presídio de Redenção, aumentando o número de detentos e tensão dentro da casa penal.




 A justiça atendeu a solicitação do delegado Francisco Eli, que diante das constantes ameaças e tentativas de fugas na delegacia solicitou a transferência dos treze detentos para a penitenciaria de Redenção. A Justiça de Xinguara, sem conhecer a realidade da casa penal, atendeu o pedido do delegado.  Clima: Segundo informações colhidas pela reportagem, a chegada dos novos detentos em número acima do normal, trouxe um clima  de insegurança e intranquilidade ao local, onde existem rumores de rebelião e motim por causa do altíssimo número de presos ali existente. Falta d’agua: Além da superlotação, a falta de água é o outro sério problema que atormenta a população carcerária, de acordo com informações de parentes dos detentos. A caixa com capacidade para 15 mil litros é insuficiente para atender a demanda. Os vazamentos existentes na tubulação contribuem para a falta d’agua no presídio que já chegou a ficar até dois sem o precioso liquido, causando revolta nos detentos. Intranquilidade: A superlotação causa um clima de intranquilidade nos 30 agentes carcerários que se revezam nos plantões na unidade prisional, alguns deles vivem sob tensão. Em conversa com a reportagem, um servidor que pediu para não ser identificado, disse que seria necessária a contratação de mais 20 agentes para fazer o trabalho de carceragem dos detentos. Sem uma solução para o problema, presos e agentes vivem sob tensão e o medo de a qualquer momento explodir uma rebelião no presídio que mais parece um barril de pólvora. Dinho Santos             

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