No debate de ontem, da TV RBA, o SIM voltou a mostrar que a autonomia de Carajás e do Tapajós são a única alternativa de uma solução para a situação de ingovernabilidade em que o Pará se encontra.
Os deputados João Salame, da Frente Carajás, e Lira Maia, da Frente pelo Tapajós, reiteraram os argumentos e propostas que vêm mobilizando as populações das duas regiões na luta histórica pela autonomia e convencendo os moradores de Belém, sobretudo os mais pobres, que vivem nas periferias da capital, de que a redivisão territorial representa a única perspectiva de solução para problemas graves nas áreas de saúde, educação, segurança pública, moradia e saneamento básico. Zenaldo Coutinho e Celso Sabino, que representaram a turma do NÃO se limitaram a reproduzir as truculências e preconceitos que têm usado para tentar intimidar os eleitores, semeando o medo como arma política para manter tudo como está, quando o povo do Pará anseia por mudanças.
Salame e Lira Maia reiteraram, por exemplo, que a divisão territorial significa aumento da participação regional nos recursos referentes ao Fundo de Participação dos Estados (FPE), confirmada inclusive pelo estudo divulgado recentemente pelo Idesp, que aponta incremento no FPE para as três novas unidades e aumento do FPM para municípios do Pará remanescente nas duas simulações usadas para calcular a distribuição desse repasse federal, no caso da emancipação de Tapajós e Carajás.
Os representantes do NÃO se limitaram a repetir a cantilena sobre a inviabilidade dos dois novos estados. "É uma vergonha o Estado não ter dinheiro para pagar os professores", disse João Salame, lembrando a recente greve de quase dois meses da categoria, durante a qual a principal reivindicação era o pagamento do Piso Nacional considerado constitucional pelo STF.
Mas o golpe de misericórdia foi dado quando João Salame mostrou que Zenaldo Coutinho era o presidente da Assembleia Legislativa, em 1996, quando foi aprovada a Lei Kandir, que retirou do estado os recursos do ICMS dos minérios, e nada fez para evitar que o Pará tivesse suas riquezas usadas para ajudar no saldo da balança comercial brasileira, deixando um prejuízo que chega hoje a mais de R$ 15 bilhões. "Aqui no estado todos se calaram. Tudo enganação", disse Salame, desmascarando o falso discurso do NÃO e o factoide ta taxa de mineração enviada à Assembleia Legislativa pelo governador Simão Jatene. "Infelizmente nesse plebiscito o governador se posicionou muito mal. Minha relação é de aliado do governo e não de submissão. Não sou puxa-saco", disse Salame, referindo-se diretamente a Zenaldo.
Ao final, Salame e Lira tiveram uma recepção calorosa na saída da TV RBA, onde dezenas de militantes do SIM acompanhavam atentamente ao debate. O SIM mostrou mais uma vez que a emancipação de Carajás e Tapajós representa a única perspectiva do Pará melhorar seus indicadores sociais e econômicos e avançar rumo ao desenvolvimento, junto com as duas regiões emancipadas.
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