sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Esgoto a céu aberto prejudica moradores e meio ambiente


Cansados de sofrer há mais de dez anos com  a água do esgoto a céu aberto que escorre do Presidio Regional de Redenção, uma  família de agricultores rurais, que residem em uma pequena propriedade localizada as margens da antiga Rodovia PA 150, procuraram o secretário municipal de Meio Ambiente, Lázaro Marinho, solicitando que o mesmo tome providencias enérgicas para solucionar o problema que se arrasta há mais de uma década. 





O pesadelo e sofrimento da família se  iniciou logo após o funcionamento do Presidio de Redenção, que passou a descarregar água  com dejetos fecais  e outros tipos de dejetos em uma vala que foi feita do lado fora dos muros da Casa Penal. O esgoto a céu aberto de grande extensão passa por dentro da propriedade bem próximo as duas residências das famílias que ali residem.




A agricultora Maria das Dores Honorato, conta que nos dias de chuva o fedor se torna insuportável. ‘’Há mais de 10 anos, nós estamos sofrendo com essa situação,  dessa água escorre sem parar por dentro de nossa terra’’, conta a agricultura. 
Sem saberem do grande riscos de contaminação que estão correndo,  crianças brincam descalças as  proximidades da vala de água fedorenta, de cor escura e cheia e vermes e bactérias. É possível ver os vermes nadando na água fétida.
Mãe de três filhos, Cristina Guimarães de Souza, conta que as suas três crianças, constantemente estão doentes sofrendo com diarreia, vômito, vermes e amarelidão. Segundo Cristina o filho menor P.G.S,  de apenas 3 anos de idade, de forma inocente, já chegou a tomar banho e a beber a água podre, ocasionando uma serie de problema de saúde. ‘’Ele não é uma criança sadia, é bastante  barrigudo e só vive com vermes e  aparenta ser muito doentia’’ comenta mãe da criança.
Maria Honorato, proprietária da chácara que fica localizada a cerca de 3 km de Redenção, disse que já tentou vender o imóvel, mas  o problema do esgoto e o mau cheiro, afastou os compradores. 





A cada dia a situação dos agricultores que residem no local, fica cada vez pior, eles tiveram de parar com a criação das galinhas caipiras, que acabavam sendo contaminadas pela água. A horta que existia próxima a residência, teve que ser mudada para um lugar cada vez mais longe, para evitar contaminação. Sem contar com as muriçocas, moscas, baratas e outros vermes que se reproduzem dentro da  vala. Para o secretário Lazaro Marinho, que foi ver em loco, a situação dos moradores, Cristina Sousa, disse que diariamente tem problemas de tonturas e dor de cabeça, ocasionada pela falta de alimentação, pois devido o fedor ela não sente vontade de se alimentar. Maria Honorato , disse que já solicitou a direção  




Outro problema tão serio quanto  ao dos moradores, é que a água e os dejetos fecais que saem do Presidio de Redenção, cai dentro do Rio Caba Saco, que corta a PA 150, explorados por muitos pescadores. 




 Maria Honorata disse que ja tentou vender Sítio mas o odor afugenta compradores .
O secretário Lázaro Marinho, notificou a direção do Presidio de Regional de Redenção, solicitado que a mesma resolva o problema  de imediato, caso não seja solucionado, ele irar pedir a interdição do Presidio, junto a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. De acordo com o secretário, ele fará uma denuncia ao Ministério Público Estadual, para que o órgão tenha ciência do grave problema que atinge tanto as famílias, como o meio ambiente.

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