Estudo realizado por pesquisadores no Estado do Amazonas indica que medicamento pode ser eficaz no tratamento da doença.
O Grupo Samel e a
Applied Biology apresentaram na quarta-feira (10) os resultados finais da
pesquisa conduzida com a Proxalutamida em pacientes hospitalizados por Covid-19
em estado crítico, no Amazonas. Na primeira fase, o uso do remédio em um grupo
de 235 pacientes, selecionados nos primeiros dias de internação, provocou a
diminuição do tempo de hospitalização em 70%, além de redução no número de
mortes em mais de 50% e intubação em mais de 70%. Agora, após concluir o estudo
com 590 pacientes do estado do Amazonas, os números finais revelaram grande
eficácia do medicamento contra a Covid-19, confirmando os dados inicialmente
divulgados.
A Applied Biology é uma
empresa de biotecnologia especializada no desenvolvimento de medicamentos para
doenças capilares. “Em fevereiro de 2020, nosso grupo de pesquisa descobriu uma
relação entre a queda de cabelo e a severidade dos casos de Covid-19”, explica
Goren, lembrando que estes estudos indicaram que o Coronavírus só consegue
entrar nas células pulmonares por meio dos androgênios.
Escala
global
O estudo anti-andrógeno
coordenado pela Applied Biology vem sendo realizado em escala global com a
participação do laboratório chinês Kintor Phamaceutical. O CEO do laboratório,
Tong Youzhi, ressalta que resultados preliminares do uso de emergência da proxalutamida
em pacientes em estado grave revelaram “surpreendentemente” uma redução no
número de mortes e de doentes que tiveram de ser entubados, acrescentou o
investigador.
Diante dos resultados
preliminares, Youzhi revelou que o laboratório está preparando a fase final de
testes clínicos no Brasil, China e em outros países. Num anúncio enviado à
Bolsa de Valores de Hong Kong, o Kintor disse esperar que os resultados dos
testes clínicos com proxalutamida estejam disponíveis em março.
O proxalutamida é um agente
bloqueador do androgénio, porque a hormona sexual masculina parece ajudar o
novo Coronavírus a entrar nas células humanas, algo sugerido por uma
investigação feita em 2020 na Universidade de Suzhou, junto a Xangai. Em
estudos prévios, a proxalutamida reduziu o risco de hospitalização dos
pacientes infetados pelo novo Coronavírus em 100%, no caso dos homens, e em 90%
nas mulheres, referiu o laboratório no mês passado. Portal Hospital Brasil
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