sábado, 25 de julho de 2020

Abandono: Romaria, uma comunidade esquecida pelo poder público de Cumaru do Norte

Distante a cerca de 330 km da sede do município de Cumaru do Norte, a Colônia Romaria, que possui mais de 40 famílias, há anos está esquecida pela Prefeitura Municipal. Neste cantinho distante dos grandes centros, a população sofre sem as políticas públicas, principalmente na atual gestão da prefeita Causa Temponi.

Quem visita a localidade, percebe que o braço do governo municipal está engessado e não atende as necessidades básicas dos moradores que sofrem sem atendimento médico, educação de qualidade, falta de assistência médica, obras de infraestrutura, entre elas, estradas e pontes de qualidade.
O estado de abandono do vilarejo por parte do poder executivo municipal e visto logo no início da estrada vicinal que dá acesso  a vila dos moradores.  Uma pinguela, que mais parece uma arapuca, é como se fosse o cartão postal, revelando o descaso e o desrespeito do poder público para com a localidade que foi criada no início dos anos 70.
A falta de infraestrutura dá a entender que a gestão municipal não  se importa com os que residem na localidade.

A escola que leva o nome da pioneira Maria da Praia, líder dos romeiros que se instalarem na década de 70, depois de se deslocarem a pé do Estado do Mato Grosso, há anos que não é pintada, não possui o nome da pioneira na fachada da fachada da escola e nem recebe serviços de limpeza, jardinagem e manutenção por parte da Secretaria Municipal de Educação. Um dos moradores que  preferiu não se identificar disse que começou a pandemia do corona vírus as aulas foram suspensas e os alunos, não mais receberam nenhum tipo de atendimento escolar. As aulas foram suspensas e pronto, os nossos filhos não receberam apostilas, não tiveram aulas online, não houve mais nenhum tipo de atendimento na escola que está fechada e abandonada’’, relata o morador.  A moradora Maria da Silva, disse que eles se sentem abandonados pelo poder público.  ‘’’Nós aqui somos abandonados por parte da gestão municipal, somos totalmente desassistidos, senão não fosse os pecuaristas donos das grandes propriedades que arrumam a estrada principal que dá acesso a nossa comunidade, nós viveríamos totalmente esquecidos’’, desabafa Maria.
Com mais de 85 anos de idade, o agricultor Domingos Vieira de Souza, disse que a grande maioria dos moradores do lugarejo, não acreditam mais nas promessas e conversas dos candidatos políticos que aparecem na localidade na época da política prometendo que com eles a situação será diferente. Nós aqui não acreditamos mais em político que vem aqui na nossa comunidade e faz promessa, pois depois que eles sentam na cadeira de prefeito, não pisam mais aqui’’, relata o pioneiro. O grande sonho do filho da pioneira Maria da Praia, e ver um gestor público que tenha coragem de pedir que os grandes fazendeiros deixem os moradores passar pelos corredores das fazendas que levam a sede do município, um percurso de 165 km, mas que somente a prefeita Cleusa Temponi e quem ela solicita é que pode transitar pela estrada privada. Segundo  a moradora Maria da Silva o único gestor que deu atenção especial a comunidade foi o ex-prefeito João Vieira o popular ‘’João  Dentista’’. ‘’O João Dentista, foi o único que dedicou atenção a nossa comunidade, os demais, acho que nem sabem que nós existimos’’, diz Silva.
De acordo com os moradores não tem médico para fazer o atendimento dos moradores e nem ambulância para prestar socorro aos moradores caso alguém necessite de atendimento de urgência e seja necessário ser levado para uma unidade de saúde. O único atendimento de saúde que a população recebe é feito por uma  enfermeira que fica poucos dias no mês na localidade. A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria da prefeita Cleusa Temponi na intenção de que ela falasse sobre as denúncias dos moradores mais a ligação caiu na caixa postal.

Mesmo diante de tanto descaso e abandono a comunidade formada por gente honesta e trabalhadora, segue firme no trabalho de plantio de grãos e criação de gado, suínos e outras atividades que garantem a sobrevivência e manutenção das famílias. Dinho Santos

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