O produto, que é vendido clandestinamente como
raticida, foi colocado em suco e bolo servidos às vítimas
Uma adolescente de 16 anos é a principal suspeita de
ter envenenado cinco pessoas de uma mesma família, quatro delas crianças. O
crime aconteceu na região do Lago Grande, em Santarém, no oeste do estado, na
noite do último sábado, 9. As vítimas - uma mulher e os filhos de 2, 7, 10 e 12
anos - foram transferidos na tarde deste domingo, 10, para o Hospital Municipal
Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS), na sede do município. A menor está
foragida.O pai da adolescente não soube dar informações sobre a motivação da
jovem para o crime. Mas, segundo o que relatou à equipe de resgate do Samu 192,
as crianças e a mãe começaram a passar mal após ingerirem os alimentos
envenenados e foram levados ao posto de saúde da comunidade. A suspeita é que a
menor tenha colocado veneno em outros alimentos consumidos pela família.O
chumbinho não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), nem em nenhum outro órgão de governo. Em geral, pessoas ou animais
que ingerem a substância sentem fortes dores, ânsia de vômito e também tem o
sistema imunológico afetado.Um enfermeiro que atendeu as vítimas no posto de
saúde e pediu transferência para o hospital de Santarém em caráter de
emergência, o estado de saúde das crianças e da mãe é grave. Como estavam
bastante desidratados em razão do vômito incessante, eles iniciaram a
hidratação ainda no posto de saúde da região do Lago Grande.O Hospital
Municipal Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) informou, em nota, que recebeu as
cinco pessoas com sintomas de envenenamento. O médico plantonista avaliou as
quatro crianças e a mãe, que passaram por exame, receberam medicação e estão
sob observação contínua. As crianças foram internadas na emergência pediátrica
e a mãe na enfermaria. Todos apresentam quadro clínico estável. O setor de
psicologia do HMS acionou o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente (Comdca) para acompanhar o caso. O Liberal
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