quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Aprovado no Senado projeto que permite agente de transito usar arma de fogo em serviço



O Senado aprovou nesta quarta-feira (27), em votação simbólica, projeto de lei que permite que agentes de trânsito de todo o país possam portar arma de fogo em serviço, ainda que não sejam policiais. O Projeto de Lei Complementar nº 152/2015 já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados e segue agora para a sanção do presidente Michel Temer (PMDB).
O porte de armas pelos agentes de trânsito é uma reivindicação antiga, sob a justificativa de que esses profissionais sofrem todo o tipo de violência e não tinham como se defender das agressões. O projeto aprovado ontem, de autoria do ex-deputado federal Tadeu Filippelli (PMDB-DF), estabelece algumas exigências para a concessão de porte de arma aos agentes de trânsito, como capacidade técnica e aptidão psicológica para manusear o armamento. A autorização também estará condicionada ao interesse do ente federativo ao qual o agente está vinculado (Estados, municípios ou Distrito Federal) e à formação prévia do candidato em centros de treinamento policial.
Segundo o senador Magno Malta (PR-ES), os agentes usarão armas de pequeno calibre. Senadores favoráveis ao projeto lembraram que os agentes de trânsito abordam veículos roubados e criminosos e que a arma, que só deverá ser usada em serviço, ajudará a preservar a integridade física desses agentes.
Outros senadores que votaram pela autorização do porte de armas para os agentes de trânsito disseram, em defesa do projeto de lei, que muitos agentes já foram atropelados, mortos ou ameaçados. E que diante da violência acachapante no país era preciso fazer alguma coisa para proteger esses servidores públicos no exercício da função.
Votos contrários
Mas o porte de arma de fogo para agentes de trânsito não é unanimidade no Senado Federal. Alguns senadores criticaram a medida, que acreditam ser ruim e que pode tornar os agentes ainda mais vulneráveis à violência. Entre os contrários ao projeto de lei, estão os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Cristovam Buarque (PPS-DF), Eduardo Braga (PMDB-AM), Antônio Anastasia (PSDB-MG) e Pedro Chaves (PSC-MS). Cristovam Buarque afirmou uma pessoa armada está mais sujeita à violência que uma desarmada. Conforme disse, 15 agentes de trânsito foram mortos no Brasil em 2016. “Esse número vai aumentar. Guarda de trânsito não ganha para prender ou matar bandidos. Armar mais as pessoas não é a solução. Por que não armar os motoristas de táxi, os motoristas de caminhão? Daqui a pouco vamos querer armar toda a população. Voto contra”, afirmou o senador do PPS. (


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