O relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de autoria do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB), aprovado na noite da última quarta-feira (2), causou espanto em grande parte dos eleitores brasileiros.
O relatório recomendava a rejeição da denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer por crime de corrupção passiva. Como foi aprovado, Temer não precisará mais responder ao Supremo Tribunal Federal (STF) até o fim do seu mandato, em 31 de dezembro de 2018.
Para que a investigação prosseguisse, a oposição precisava de 342 votos contra o relatório. Porém, apenas 227 deputados deram "não" pelo arquivamento da denúncia. Em contrapartida, 263 votaram a favor do arquivamento, além das duas abstenções e 19 ausências.
Dos 263 votos a favor da rejeição da denúncia, 111 respondem por alguma investigação, o que significa que 42% dos deputados que votaram a favor de Temer são réus em ações penais ou respondem a inquéritos na Justiça.
Dos 12 deputados paraenses que votaram a favor do relatório, três estão na lista de investigados, ou seja, um quarto dos políticos. São eles: Éder Mauro, José Priante e Wladimir Costa.
O procurador-geral Rodrigo Janot, porém, ainda pode apresentar outras denúncias contra o atual presidente, como por organização criminosa e obstrução de justiça. ORM
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