Policiais da Divisão de
Homicídios de Belém já estão em Tucuruí, sudeste paraense, investigando a morte
do prefeito Jones William (PMDB), assassinado na tarde desta terça-feira (25)
durante uma operação tapa buraco, no residencial Cristo Vive no município.
A
polícia deve ouvir possíveis testemunhas na manhã desta quarta-feira (26). O
Comando de Misses Especiais da Polícia Militar está dando apoio nos trabalhos.
Uma pessoa já foi ouvida pela polícia ontem à tarde na delegacia. A outra
testemunha está no Hospital Regional de Tucuruí e deve ser ouvida hoje. O
prefeito tinha 42 anos, e era natural do Rio de Janeiro. Ele era casado e
formado em enfermagem.
De acordo com informações da Polícia Civil, dois homens em uma
moto apareceram no local e disparam vários tiros na direção do prefeito, sendo
a maioria na cabeça. Jones William foi encaminhado a uma unidade de saúde, mas
não resistiu. Ainda segundo a polícia, o residencial é alvo de problemas
envolvendo a Prefeitura e outras empresas da cidade.
Jones
William foi eleito prefeito de Tucuruí pelos PMDB, na coligação Mudar Para Ser
Feliz. Ele conseguiu a vitória nas eleições com 31268 votos, que
representam 53.50% dos votos válidos. E maio passado, o Ministério Público
pediu o afastamento do prefeito por suspeita de improbidade administrativa. A
Justiça do Pará determinou o bloqueio de bens. O prefeito teria fechado
contrato com empresas de um único empresário com dispensa de licitação.
Este
é o terceiro caso de assassinato envolvendo um prefeito no Estado. Em janeiro
de 2016, o prefeito de Goianésia, João Gomes da Silva (PR), mais conhecido como
"Russo", foi assassinado enquanto participava de um velório no centro
da cidade. Já em maio deste ano, Diego Kolling (PSD), prefeito de Breu Branco,
foi morto enquanto pedalava na PA-263.
Pesar
Em
nota enviada à imprensa nesta quarta-feira (26) a Alepa (Assembleia Legislativa
do Pará) lamentou a morte do prefeito.
"É
com profundo pesar que recebemos a notícia desse atentado. Manifestamos repúdio
pelo ato de extrema violência, que tem se repetido com frequência em nosso
estado. Solicitamos medidas urgentes que resultem no esclarecimento das
circunstâncias do crime e na punição aos responsáveis. O Pará, bem como seus
representantes políticos, não podem ser reféns do crime. Não podemos nos
omitir. A violência é um problema nacional. Temos que nos unir e buscar
mecanismo de combate e solução. O Parlamento está aberto a fazer a sua parte no
que for necessário. Neste ato de lamento, a ALEPA se solidariza com os amigos e
familiares enlutados, rogando a Deus conforto espiritual", diz a nota.
ORM.
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