No último dia 20 de maio completou três
anos e nove meses que o sindicalista Ademar Benjamin de Souza, e seu amigo Luiz
Cláudio desapareceram de forma misteriosa na Rodovia do Bambu, que liga a BR-155
à Floresta do Araguaia, e até hoje a polícia não desvendou o suposto crime de
assassinato.
Ademar estava na companhia de um
amigo, conhecido por Luiz Cláudio do Amaral, que trabalhava como dedetizador de
residências e comércios no dia do desaparecimento. O carro que pertencia a
Amaral foi encontrado totalmente queimado e sem qualquer vestígio dos dois
corpos.
Ademar Benjamin era irmão do também
sindicalista Pedro Alcântara de Souza que foi assassinado a tiros quando fazia
caminhada no setor Parque dos Buritis, no dia 31 março de 2010, em Redenção.
Desde o desaparecimento a família
de Ademar não teve nenhuma informação sobre o que realmente aconteceu com o
sindicalista e o amigo dele. O caso continua sendo um mistério para a polícia
que nunca conseguiu elucidar o sumiço dos homens. Uma ossada humana encontrada
meses depois do desaparecimento dos dois amigos foi levada para o
Instituto Médico Legal de Marabá, mas até o momento nenhuma informação foi
passada para os familiares, se era de um dos desaparecidos.
O inquérito policial que apura o
sumiço dos homens está a cargo do delegado Taborda, que não apresentou nenhum
resultado das investigações. Uma equipe do DIOE esteve, na época, fazendo
levantamento no local onde o carro foi queimado, mas nenhuma pista sobre o que
de fato aconteceu com os desaparecidos foi encontrada.
Para a família, Ademar Alcântara e
seu amigo foram assassinados e a polícia precisa esclarecer o crime. O
policial aposentado conhecido por “Quarenta” irmão de Ademar, lamenta a falta
de empenho da polícia na investigação do caso. “Não tem como a gente se
conformar com esse caso, por que meu irmão e o amigo dele sumiram misteriosamente.
O carro foi encontrado queimado e a polícia até hoje não disse o que aconteceu,
não prendeu ninguém e nem deu uma satisfação para a família”, lamenta Quarenta.
A reportagem tentou, por telefone,
conversar com o delegado Taborda, que presidiu o inquérito policial na época,
mas o contato não foi possível. Um policial que pediu para não ser identificado
disse que o inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça de Rio Maria. O
certo é que no próximo mês de agosto o caso vai completar quatro anos e as famílias
das vítimas não sabem o que de fato ocorreu. Dinho Santos
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário