A operação Justa Causa II e Operação Áspides, que foi
feita de forma conjunta pela Polícia Federal do Pará e do Estado do
Tocantins resultou na prisão de 12 pessoas na última sexta- feira (21).
Cinco dos presos são da cidade de Redenção e sete da
capital do Tocantins Palmas. Durante a execução dos Mandados, duas pessoas
foram presas por posse ilegal de arma de fogo e um por posse de drogas, além da
farta documentação que comprova as fraudes e um total de 740 Cartões-Cidadão
foram encontrados com os criminosos.
De acordo com a PF os suspeitos fazem parte de
organizações criminosas que fraudavam o benefício previdenciário do
Seguro-Desemprego. A suspeita de que a quadrilha tenha desviado mais
de R$ 15 milhões dos cofres públicos. Na capital do
Tocantins duas pessoas acusadas de participar do esquema fraudulento
foram presas. Um dos presos é servidor da Caixa Econômica Federal, de 44 anos e
a mulher dele.
Como funciona o esquema: A quadrilha escolhia nomes de pessoas que tinham um
vínculo empregatício válido e simulavam o desemprego. Eles faziam pesquisas
aleatórias e pegavam os nomes pela internet. Depois, através de uma empresa
falsa criavam vínculos empregatícios. A quadrilha tinha acesso a senhas do Sine
para realizar o requerimento do seguro-desemprego. Após esta etapa da fraude,
que era praticada no Pará, os envolvidos repassavam os dados para o servidor da
Caixa em Palmas, para que ele efetuasse os saques. “No esquema o servidor
desempenhava a função de caixa, ele tinha acesso aos pagamentos do seguro. E
após o saque, ele depositava na conta das pessoas envolvidas e pegava uma parte
para ele", explicou o delegado federal Robatto.
Sequestro de bens: Com a prisão dos acusados a Polícia Federal calcula que
conseguiu evitar um prejuízo na ordem de 4,8 Milhões de reais aos cofres
públicos. Em Redenção além da prisão de cinco suspeitos de participação no
esquema fraudulento, os agentes apreenderam veículos de luxo, motocicletas e
cerca de R$ 15.000,00 na casa de um dos envolvidos. A Justiça Federal
determinou o bloqueio das contas bancárias dos suspeitos e sequestros dos
bens imóveis dos mesmos, a fim de garantir o ressarcimento do prejuízo causado
aos cofres da União, devido os recursos que foram desviados do Fundo de
Amparo ao Trabalhador - FAT. De acordo com o Ministério do Trabalho e
Emprego que apoiou a investigação, a organização criminosa desviou cerca de R$
15 Milhões de reais dos cofres públicos, somente no Estado do Pará.
A suspeita é que a quadrilha vinha praticando o crime desde
2012. Em Redenção os suspeitos João Bosco, Naldo, Fernando, Barbara
e Michel, se encontram recolhidos no Presídio de Redenção à disposição da
justiça. Dinho Santos
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