quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Pontes da BR-158 são “armadilhas” para motoristas

Uma das principais rodovias do sul do Pará, responsável pelo escoamento da produção de soja e milho colhida nos estados do Mato Grosso e Pará, a BR-158, é o retrato do descaso e abandono do governo federal.








Considerada como portal de entrada da região sul do Pará, a Rodovia BR-158, em um trecho de 110 quilômetros, que liga Redenção ao distrito de Casa de Tábua, possui pontes que são verdadeiras armadilhas. Há mais de décadas esperando por reforma e reconstrução, as pontes construídas sobre os rios Inajazinho e Inajazão, funcionam como verdadeiras ‘’arapucas’’ para motoristas de caminhões, vans, ônibus e carros de passeio que diariamente trafegam pela estrada. Pela BR-158 passam dezenas de Bi-trens, com toneladas de soja e milho, produzidas no norte de Mato Grosso e Sul do Pará. 
Os principais problemas enfrentados pelos motoristas são pontes improvisadas com grades de metal, que foram construídas há mais de duas décadas, como medida paliativa. O que era para ser temporário, desde então, se tornou permanente. Os 63 metros de extensão da ponte sobre o igarapé Inajá têm placas de metal danificadas e com visíveis sinais de deterioração. Além disso, a estrutura não possui nenhuma proteção para o tráfego de veículos.


O descaso com a preservação das pontes e a má qualidade da pavimentação, encarece o frete, e prejudica o escoamento da safra de grãos dos dois estados como conta o motorista Armando José Filho. “Eu passo por aqui, mas sei do risco que corro com falta de estrada adequada e pontes regulares. O jeito é cobrar mais caro pelo frete e se aventurar nessas armadilhas, que representam uma verdadeira vergonha para uma região e um estado rico como o Pará’’, desabafa o motorista.


O asfalto de má qualidade e trechos com muitos buracos faz parte do conjunto de desafios que os motoristas que transportam a produção agrícola enfrentam constantemente.  Uma empresa contratada pelo DNIT para fazer a recuperação do trecho de Redenção até a cidade de Vila Rica, no Mato Grosso, paralisou o trabalho por falta de pagamento e não há previsão de quando serão retomadas as obras.

Dezenas de acidentes  já foram registrados  envolvendo carros de pequeno, médio e grande porte, assim como motocicletas, sobre as perigosas pontes, onde grande parte das  ocorrências houve vítimas fatais.
O morador da região Francisco da Silva, que passa há anos passa por sobre as  mesmas ponte, revela que a situação é um caos. “Sinto-me envergonhado. Este é meu caminho há anos e a falta de vontade que vejo dos nossos representantes em trabalhar para acabar com essas    pontes perigosas, assassinas que muito prejuízo tem causado a motoristas e ceifados vida de pessoas inocentes”, relata o motorista.
A reportagem do NOSSO JORNAL e blog,   constatou que a maioria das pontes possui ao lado uma pré-estrutura para execução de obras que substituiriam as atuais,        que estão deteriorando com o tempo. Ainda no trecho existem pontes de madeira que foram construídas como algo provisório mais que pelo que parece ficarão por décadas como o paliativo.  Dinho Santos


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