quarta-feira, 26 de novembro de 2014

João Lúcio quebra o silêncio e diz por que rompeu com o prefeito Vanderlei Coimbra

Exercendo a função de vereador há 14 anos, João Lúcio Borges teve um desempenho governista. Atuou na base dos governos, mas nunca deixou sua imagem ‘colar’ à do gestor. Ciente da responsabilidade que o povo lhe confiou, o vereador sempre buscou colaborar com as administrações anteriores sem prejudicar o povo. Nos mandatos de JPC e Wagner Fontes, a atuação do parlamentar lhe renderam seu terceiro e quarto mandato com aumento expressivo do número de votos e alto índice de aceitação popular, apesar dos desgastes na gestão dos ex-prefeitos.


Surpreendentemente, João Lúcio rompeu com o prefeito Vanderlei Coimbra no segundo semestre deste ano. Ele garante que não faz mais parte da base do governo. Confira entrevista exclusiva à Repórter Elizangela Dantas.
Elizangela Dantas – Vereador é verdade que o senhor não faz mais parte da base de apoio do Prefeito Vanderlei Coimbra?
João Lúcio – Não. No mês de agosto comuniquei ao prefeito que mudaria minha maneira de atuar, que cobraria mais atitudes do governo no sentido de dar uma resposta para os graves problemas de gestão que o município enfrenta.
Elizangela Dantas – Que problemas o senhor se refere? Para cobrar tem que se afastar da base de apoio?
João Lúcio – Os problemas são diversos. Na saúde faltam médicos, exames, remédios, posto de saúde fechado, ambulâncias sendo devolvidas, falta de iluminação pública, asfalto se deteriorando, atraso de salários, enfim são muitos problemas que revelam uma administração ruim do governo. E sobre as cobranças, o governo não tem maturidade para receber cobranças dos vereadores. Bastou eu cobrar, por exemplo, o compromisso que ele fez de asfaltar a Avenida Mato Grosso no Capuava, para provocar um profundo estresse na cúpula do prefeito.
Elizangela Dantas – Como o senhor percebeu o estresse do governo?
João Lúcio – Bom, eu publiquei a cobrança do asfalto da Avenida Mato Grosso na rede social, ai os defensores do governo ‘entraram de sola, fazendo críticas à minha cobrança’ e logo depois saíram demitindo qualquer servidor que fosse indicação minha ou do meu partido (PROS).
Elizangela Dantas – E houve as demissões das pessoas de sua indicação e do seu partido?
João Lúcio – Sim. Em três dias eles fizeram as demissões, chegaram ao ponto de demitir professora no meio do bimestre, poderiam ter o bom senso de pelo menos esperar terminar o bimestre, mas é com eu digo o governo não tem maturidade para receber cobranças.
Elizangela Dantas – O senhor tinha muita gente indicada na prefeitura?
João Lúcio – Não. Os assessores do governo ficaram frustrados porque achava que eu tinha muitas indicações, o que não era verdade. Meu partido (PROS) não era prestigiado no governo e quando eu reclamava o Vanderlei dizia que na campanha tinha feito acordos com outros partidos.
Elizangela Dantas - O senhor ficou na base do JPC e Wagner Fontes mesmo eles estando desgastados e porque não com o Vanderlei?
João Lucio – Boa pergunta. Acontece que recentemente eu fui presidente da Câmara Municipal e modéstia à parte fizemos um trabalho extraordinário como administrador do poder legislativo. Honramos os compromissos, melhoramos os salários e as gratificações dos servidores, promovemos a valorização dos servidores desde servente até secretária geral. Motivamos os servidores, criamos o site da Câmara, enfim fizemos uma administração exemplar. Daí pra cá aumentou minha responsabilidade como homem público e eu com minha experiência administrativa não posso ver minha cidade regredir e ficar passivo. O povo me cobra atitude e com razão.
Elizangela Dantas – Para finalizar o senhor pensa em se candidatar a prefeito nas próximas eleições?

João Lúcio – Bom, se me aventurasse a ser candidato a prefeito no meu primeiro mandato de vereador e tivesse a felicidade de ser eleito, a probabilidade de  fazer uma administração ruim era muito grande, a exemplo do que está acontecendo com o Vanderlei. Eu não tinha maturidade, conhecimento e nem experiência. Agora me sinto capacitado. Já fui presidente da Câmara, fiz uma administração muito bem avaliada e estou no quarto mandato de vereador, conheço de perto os problemas rurais e urbanos do nosso município. Tenho aliados importantes no governo do Estado e no governo federal. Estou com 42 anos de idade, tenho uma família consolidada, então posso dizer que estou preparado para disputar a prefeitura de Redenção. Parte da minha base acha que é hora, mas estamos discutindo com o grupo e o partido. Se for da vontade de Deus... Quem sabe né?

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