sexta-feira, 21 de junho de 2013

Índios e brancos interditaram BR-158 pelo mesmo motivo

Na última semana passada enquanto pecuaristas liderados pelo produtor Vitório Guimarães interditavam um trecho da BR-158, localizado a cerca de 5 km de Redenção em apoio ao protesto nacional contra o processo de demarcação de terras indígenas no país, os índios, da Aldeia Gorotire, liderados pelo cacique e líder Kayapó Irejho Kayapó, também interditaram a BR-158 e PA-287 no trecho conhecido por Tatá que dá acesso ao município de Cumaru do Norte.







Enquanto os pecuaristas buscavam atrair a solidariedade da população de todo o país para o momento de insegurança jurídica por causa das demarcações e ampliações de terras indígenas, além das áreas ambientais, quilombolas e extrativistas, e também a suspenção imediata de todos os processos em andamento de demarcação de terras indígenas e anulação das demarcações oriunda de laudos da FUNAI, até que as novas regras sejam colocadas em vigor, os indígenas solicitavam a presença de representantes do governo federal e a suspenção da Proposta de Emenda Constitucional-PEC 215/2000, que visa outorgar ao Congresso Nacional a competência para homologar as terras indígenas, retirando desta forma o poder absoluto da FUNAI.
Com facões, flechas e pintados, os índios se posicionaram no meio da BR e solicitavam a presença dos deputados federais Zequinha Marinho (PSC) e Giovanni Queiroz (PDT) defensores da PEC-215.
O protesto dos pecuaristas se encerrou às 14 horas da sexta-feira (14), enquanto que o protesto dos indígenas se estendeu até à tarde do sábado (15), onde os índios exigiam a presença da presidenta Dilma Rousseff e os deputados federais. A interdição se estendeu até à tarde do último domingo (15).
Os indígenas estavam determinados a permanecer com a interdição até que o representante do governo federal viesse até fazer a negociação. A decisão de liberar a passagem dos veículos acorreu depois que o líder da nação Kayapó, recebeu um e-mail do Ministro da Justiça, informando que o cacique Raoni, estava em Brasília, agendando uma reunião com a presidente Dilma.

Somente depois que o cacique Irejho Kayapó falou pelo telefone com o cacique Raoni foi que os índios liberaram a passagem dos veículos que formaram uma enorme fila devida os três dias de paralização.  (Dinho Santos)

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